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Em um dia aparentemente comum do ano de 1977, duas grandes companhias aéreas, a KLM e a Pan Am, se encontravam no Aeroporto de Tenerife, nas Ilhas Canárias. Ambas as empresas estavam envolvidas em um voo fretado com destino a Las Palmas, nas mesmas ilhas. No entanto, uma série de eventos desafortunados acabaram culminando em uma das mais trágicas colisões aéreas da história.

A causa da colisão pode ser atribuída a uma combinação de fatores que ocorreram naquele dia fatídico. O primeiro deles foi uma bomba que explodiu no terminal do aeroporto de Gran Canaria, vizinho ao Aeroporto de Tenerife. Isso forçou a evacuação dos passageiros de ambos os voos para Tenerife, aumentando significativamente o tráfego aéreo naquele momento.

O segundo fator foi a falta de visibilidade devido à neblina que cobria a pista do terminal. Esse fenômeno, conhecido como “nevoeiro de advecção”, dificultou a visualização dos pilotos e dificultou a coordenação entre as controladoras do tráfego aéreo e as tripulações dos aviões.

A terceira causa da tragédia de Tenerife foi o fato de a KLM ter decolado sem autorização da torre de controle. A empresa holandesa chegou ao final da pista antes da americana Pan Am, mas não percebeu que ainda havia um Boeing 747 da Pan Am atravessando a pista. O piloto da KLM acelerou enquanto os controladores do tráfego aéreo tentavam dissuadi-lo de decolar. Foi quando ocorreu uma colisão frontal entre as duas aeronaves.

O resultado da colisão foi imediato: 583 mortes e apenas 61 sobreviventes. Todos os passageiros da KLM morreram, assim como os da Pan Am, exceto 61 passageiros que saíram ilesos do Boeing 747 da empresa americana.

Essa tragédia foi um alerta sobre a importância de padrões unificados de segurança em todo o mundo. O acidente de Tenerife levou a uma crescente pressão para que as regras de segurança fossem harmonizadas em nível internacional. Também levou ao desenvolvimento de novas tecnologias, como os sistemas de alerta automático de colisão.

Em conclusão, a tragédia aérea de Tenerife, em 1977, foi um dos piores desastres da história da aviação civil. A combinação de fatores que levou à colisão entre as aeronaves da KLM e da Pan Am continua sendo lembrada como um alerta sobre a importância dos padrões globais de segurança.